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A Sandra VEIO à Marcenaria



Sandra Borges


Escultora e irmã do nosso mestre Tiago. Somos uma empresa familiar e o gosto pela arte, a veia artística e a inspiração corre na família, muda apenas a matéria prima.

Tendo conhecido de perto o trabalho do Mestre Soares Pereira e assistido de perto à presença constante do irmão Tiago na oficina, tem vindo a ser testemunha e parte integrante do crescimento da Marcenaria Artística Pereira. É "é da casa" e por isso tem sempre a porta aberta para entrar. E sempre que vem, fica para conversar e traz novas peças de escultura que muito nos entusiasmam e inspiram.

Hoje falamos sobre Arte, sobre o percurso multidisciplinar da Sandra Borges, que tendo terminado o curso de Escultura na Faculdade de Belas Artes de Lisboa em 2006, teve logo depois a vontade de começar a trabalhar escultura profissionalmente, algo que fez num estágio profissional com o Centro Internacional de Escultura – Odrinhas, Sintra, em Fevereiro de 2009. Desde o final de 2012 tem vindo a assistir vários artistas como Joana Escoval, Diogo Rosa, Moisés Preto Paulo, Auli Korhonen e mais recentemente Pedro Campiche, AKA Corleone.

Consta que um dia hão-de ouvir falar de uma peça especial em madeira e pedra feita a quatro mãos pelos irmãos. No entretanto, fica o convite para conhecerem a Sandra neste episódio do VEIO e verem o seu trabalho na mais recente exposição Sítios da Pedra em Tomar (Ver site AQUI).

Ah! E claro, se passarem um dia destes pela Marcenaria Artística Pereira vão poder algumas das suas peças combinadas com o nosso mobiliário.





O que a fez seguir belas artes/escultura?

Ambos os meus bisavôs tinham tendências artísticas, coisa que não era lá muito bem vista no virar do século. O meu bisavô paterno fazia questão que todos os filhos aprendessem instrumentos musicais. Começavam com o banjo, depois passavam para o cavaquinho e depois para a viola e por últimos para o violino. O irmão mais velho da avó do meu pai durante muito tempo na orquestra do conservatório, foi professor de música. Recentemente descobrimos que o meu avô quando era mais novo era muito ligado às artes, no Alvito, onde vivia. Na sua mocidade fazia parte do grupo de Cante Alentejano, estava no mundo do teatro, era ele quem organizava as peças de teatro, os bailes, etc.

Há essa corrente artística na família que sempre existiu e foi encorajada até certo ponto. Eu desde miúda sempre soube fazer este tipo de coisas, moldar, desenhar… mas quando comecei a falar em tornar a coisa séria a reação não foi das melhores.


Não reagiram bem?

Foi a reacção típica dos anos 90. Com medo que eu morresse de fome, que não tivesse emprego, essas coisas...! (risos)


Mas seguiu o seu sonho!

Não. Primeiro pensei: “Pronto, ok! Vou para contabilidade.”

Sempre fui boa aluna e nunca tive dificuldade em aprender, antes pelo contrário.

Há pessoas que acumulam coisas, eu acumulo conhecimento! Eu gosto de estar informada, gosto de saber coisas, de aprender, por isso não me chateou particularmente… Até achava interessante, mas não eram coisas que me apaixonassem, não me faziam feliz. Por isso quando cheguei ao 12º ano tive uma conversa muito séria com a minha família e disse: "Isto é muito simples: se eu continuar com esta área vocês podem já dar entrada no Júlio de Matos porque eu vou dar em maluca e é pouco provável que chegue ao final do curso, por isso é melhor que me deixem fazer aquilo que eu gosto e vou para artes!". E assim foi! Eu também nunca fui "muito boa de assoar"!

Também ajudou o facto de eu já trabalhar na loja da minha família. Eu acho que eles acharam que mesmo que a coisa corresse mal eu continuaria a trabalhar na loja. Nunca ninguém pôs muita fé na coisa!


Conte-nos mais sobre essa loja. Também um negócio Sintrense, não é assim?

A loja de artesanato do meu pai, que também é um negócio de família - a Camélia. Começou por ser uma sapataria - o meu bisavô era sapateiro fino, fazia sapatos de alta qualidade para a nata da sociedade. Segundo o meu pai conta, a loja abriu no dia 25 de abril de 74. Estavam eles montar as prateleiras as últimas coisas de decoração quando ouviram o Paulo de Carvalho cantar na rádio sem perceberem porquê. Viam a GNR passar mas não sabiam o que estava a acontecer.

Tem sido um negócio de família, já vamos na terceira geração, e todos acabamos por passar na loja. Aliás, eu trabalhei lá durante todo o meu curso, aos fins de semana e nas férias.

E eu gostava, por estar ligado às artes.


E na faculdade como foi? Quais são as melhores memórias que guarda desses tempos de faculdade?

Na altura entrei para Pintura. Era um curso Pré Bolonha de 5 anos e os primeiros 2 anos eram comuns a todas as áreas. Segui Pintura e fiz o primeiro ano mas senti que não, a Pintura não podia ser porque não me oferecia espaço para desenvolver.

Virei-me para a escultura porque achei uma forma de abordar as expressão plástica com mais potencial do que o bidimensional.

Depois de terminar o curso ainda estive 2 anos a trabalhar na loja porque não sabia qual seria o próximo passo - se ia fazer uma especialização em restauro, se ia tirar uma pós graduação... Ainda estive nesse impasse sem saber o que fazer...acabei por não ir para o curso de restauro porque na altura o único curso que havia Era em Tomar , era um curso muito pouco flexível a nível de horário e eu não queria deixar de trabalhar. As pós-graduações eram muito teóricas e isso também não me interessava. Acabei por encontrar um estágio profissional através do IEFP com o escultor Moisés Preto Paulo. Fiz um um estágio de 9 meses e foi aí que eu comecei a ganhar o ritmo de trabalhar em escultura de forma profissional. Porque uma coisa é a faculdade que nos ensina a pensar, que nos mostra o que é que já foi feito à altura e que nos dá a possibilidade daquilo podemos vir a fazer. Outra coisa é trabalhar de forma profissional, entregar orçamentos cumprir metas, cumprir trabalhos, ter maleabilidade para conciliar o que nós achamos com aquilo que são os pedidos dos clientes (que mesmo hoje em dia é fácil).

Eu tive a sorte de ter muito bons professores. Alguns exemplos o João Duarte, o João Carlos Silva e o José Esteves.


E mulheres? Tinha professoras?

Tinha. Nas disciplinas técnicas, mais práticas, só tinha duas professoras, uma de Pedra e outra de Gessos. Nas teóricas era relativamente equilibrado. E mesmo como colegas, tinha muitas mulheres.

O problema é que, na Escultura ,é muito mais difícil para uma mulher, ser levada a sério. No início eu sentia muito isso a nível profissional, agora menos. É um meio muito masculino e nós somos vistas como uma curiosidade apesar de vermos muitas mulheres a trabalhar, por exemplo, nas fábricas.


Como foi o início da sua carreira?

Comecei a trabalhar como assistente do Diogo. Depois fui convidada para trabalhar com o Georg Scheele - Sculptor | Georg Scheele e fiquei a trabalhar com ele com 2 ou 3 anos até o meu filho nascer.

E como tem acontecido o crescimento da carreira?

Tem sido orgânico. Como optei pela via do trabalho como assistente para outros escultores em vez de entrar no mercado via galerias ou concursos, a evolução tem sido talvez mais lenta e muito por via da recomendação de boca a orelha. Normalmente sou mais conhecida por essa vertente mais técnica do meu trabalho, se bem que o meu trabalho como artista plástica começa a ser reconhecido pelas pessoas dos meios onde me movo.


Quais as peças que marcaram mais a sua carreira?

Normalmente as peças que as pessoas referem mais são as peças de arte pública, porque são as mais conhecidas. Como a "Conversa de Surdos" que esteve exposta na Volta do Duche, em Sintra.

Outra peça que, apesar de não ser da minha autoria, foi muito badalada foi uma peça que eu fiz para o AKA Corleone feita para o Eminente no ano passado . Ele é um dos artistas representado pela Underdogs, a galeria do Vhills e é um artista plástico mais virado para a parte gráfica, da arte urbana.

Outra peça muito falada foi a peça que eu fiz em 2010 em França numa Pedreira, um projeto muito giro que eu gostei muito.


Como é o processo criativo? De onde vem a inspiração para criar cada peça?

Normalmente as ideias aparecem quando eu estou quieta, sossegada e em silêncio. Quando não tenho trabalho para outras pessoas, quando não tenho mais nada para tratar a nível pessoal, quando estou mais tranquila e posso estar no atelier a experimentar coisas é aí que me surge a inspiração. E depois quando surge vem em rodos e eu aponto tudo, senão depois esqueço-me. Aponto as ideias e depois vou fazendo, não tão rapidamente quanto eu gostaria porque o tempo é curto mas depois vou desenvolvendo as ideias. É por isso que as minhas séries têm um desfasamento temporal muito grande entre a primeira e a última peça. Depois acabo por revisitar as séries. São séries ao nível formal. O tema central acaba por ser o mesmo, mas eu revisito-as com diferentes pontos de vista e abordagens.


Tem alguma linha orientadora, algum tema preferido?

As pessoas fascinam-me! Particularmente os defeitos das pessoas.

Os defeitos e as diferenças. Porque toda a gente tem defeitos, e eu também os tenho! Mas é uma coisa que eu exercito muito é a questão da autocrítica, sem ser doentia. Eu tenho uma particularidade muito estranha, é mesmo de feitio! Adoro conversar com gente que discorda comigo, que tem pontos de vistas diferentes dos meus. O facto de estares a discutir com alguém que tem uma perspectiva radicalmente diferente da tua obriga-te a pensar em coisas que normalmente não pensarias, a sair da tua zona de conforto, e a questionar, a procurar informação a verificar factos e às vezes acabamos por dar a razão àquilo que a pessoa diz.


Enquanto artista, é essa a sua voz?

Sim, eu acabo por transpôr isso para imagens. Esta última série em que estou a trabalhar tem muito a ver com isso, com a questão de como as pessoas se relacionam, como é que as pessoas comunicam entre si, as pequenas trincas, que são transversais à história da Humanidade. Tal como o Generation Gap. Independentemente dos assuntos discutidos, todas as gerações têm esse Generation Gap e os argumentos acabam por mudar na forma mas não no conteúdo. Eu acho muita piada ver, pensar e analisar isso e claro, reflete-se naquilo que eu faço.

E gosta de explicar a sua arte?

Eu até poderia ser muito mais conceptual mas não sou, porque não quero e é uma opção. Isto também tem a ver com a minha maneira de ver o mundo da arte. Eu acho que a arte tem de ser acessível para todos, não podemos ser one man show num teatro vazio.

E sim, é preciso essa explicação. Até porque Portugal teve, até ao 25 de Abril uma arte muito dogmática, de Estado, com um discurso muito programático muito cristalizado, rígido e de repente parece que saltou do Séc. XVIII para o Séc. XXI. Foi um salto enorme que as pessoas não acompanharam, porque isto aconteceu numa questão de poucos anos. As pessoas estavam sequiosas de coisas novas, queriam modernidade, queriam liberdade e queriam experimentar outras coisas mas chegamos à conclusão que o processo mental subjacente a essa evolução não aconteceu com a mesma velocidade. Sem essa educação temos pessoas a comprar paisagens (sem desmérito para quem as faz) ou impressões no IKEA porque não entendem as obras. E esse desfasamento é culpa dos artistas, porque houve uma fase em que parecia que os artistas não tinham de dar explicações a ninguém e o público se quisesse que entendesse, e se não entendesse é porque era burro! Ora, se tens os músicos a explicar o significado das músicas e a contar o processo, se tens os actores a explicar de onde vem o sentimento por trás de uma peça ou a construção de um personagem porque carga de água é que os artistas plásticos estão acima disso? É uma idiotice! Até porque o processo criativo, quanto a mim, é muito interessante de se ver.


Para si, qual é o seu propósito de criação?

Se uma pessoa se sentir impelida a parar e dispensar algum tempo para apreciar uma peça minha, então considero que atingi o propósito de todo o processo criativo.

Despertar a curiosidade, atingir um ponto sensível na pessoa que te permite estabelecer uma ligação ou comunicação entre a pessoa e a peça, para mim é já em si um sucesso, quer seja numa peça minha ou de outro artista qualquer. É lógico que a criação começa por ter um propósito egoísta, de auto-satisfação de uma necessidade elementar do artista, mas o conseguir chegar ao outro é extremamente difícil e importante.



Como define o sucesso?

Acho que é uma questão de reconhecimento pelo público. Mais do que ser representado numa galeria, mais do que ter trabalhos na via pública, acho que é uma questão das pessoas saberem quem tu és. Tu és um artista de sucesso quando as pessoas associam o teu nome a alguma peça ou a uma ideia. Infelizmente isso às vezes demora mais tempo do que aquele que a pessoa vive. Por exemplo, só agora é que começa a chegar ao ouvido das pessoas, e mesmo assim muita gente não conhece o nome de Lurdes de Castro. Eu gosto imenso, sou muito fã, mas ainda há muita gente que não conhece.

Em Portugal às vezes há uma incapacidade grande que é a falta de um esqueleto de divulgação para as artes plásticas. As exposições e galerias estão cheias, mas é de pessoal da especialidade. Há esta falta de fazer as pessoas conhecer. Mesmo na Sociedade de Belas Artes que é uma grande casa, com renome, que não tem interesses comerciais, nas exposições estão sempre os suspeitos do costume.

Exposições de arte que chegam ao grande público, em Portugal, normalmente são de artistas estrangeiros. Essas sim, com uma máquina de comunicação e marketing muito forte. Uma das exceções foi recentemente a exposição do Amadeo de Souza-Cardoso, que até há bem pouco tempo era um ilustre desconhecido mas que esteve muito bem representado na Gulbenkian. Faz falta esse chegar às pessoas. Devia haver uma figura, como na música, das editoras que promovem o trabalho dos artistas junto do público. Precisamos de managers como os atletas!


Quem são as suas maiores referências?

É muito difícil dizer, mas gosto muito de Lurdes de Castro. Nem sempre é o artista em si que é referência, é mais o trabalho em questão. Feito para aquela altura, para aquele momento e que funcionam daquela maneira. Isso tenho uns quantos…

Gosto muito do trabalho daquela artista japonesa - Yayoi Kusama - que faz grandes instalações com objectos pintados com bolas e faz coisas com uma escala incrível, que é uma coisa descomunal.

Outra instalação que adorei de um artista chinês foi a Head On, de Cai Guo-Qiang. O que gosto muito neste tipo de instalações é que são conceptuais mas que as pessoais percebem. Estes artistas oferecem um bocadinho mais, são um bocadinho mais generosos com as ideias e os conceitos. E gosto de quem pensa fora da caixa como as esculturas cinéticas de Patrick Shearn.


E claro, gosto muito do Ron Mueck, um escultor australiano, um dos grandes nomes do hiper-realismo na escultura. Apesar de eu gostar de fazer coisas mais do expressionismo, em que a emoção é mais

importante que o anatomicamente correcto, adoro todo o processo dele, acho fantástica a forma como consegue juntar o realismo com a expressão de uma forma muito fina, muito subtil. Tem coisas monstruosas! Como a do rapaz e a da grávida, que são as minhas favoritas e tem outras mais pequenas como aquela peça das duas senhoras idosas, em que se vê perfeitamente que elas estão a cortar na casaca de alguém!




Quais são os adjectivos que melhor caracterizam as suas obras?

Honestas, expressivas e únicas. Não me copio a mim mesma. Não que não fizesse sentido comercialmente mas porque me enfada brutalmente.


Quais as suas técnicas e materiais preferidos?

Normalmente faço coisas em pedra. Uso metal quando se justifica. Ultimamente ando a trabalhar mais cerâmica, por ser mais prático. As peças que estão em exposição no showroom foram feitas em raku, um tipo de vidrado que é feito a olho. O particular do raku são o género de óxidos que se usa e a maneira como se baixa a temperatura. Enquanto no vidrado normal se baixa a temperatura devagarinho no Raku há um choque térmico. Depois de sair do forno, é envolvido em serradura, envolto em fumos e depois mergulhado em água. E no final o resultado pode ser um verde garrafa ou um vermelho flamejante!


Lembra-se da primeira peça que criou? Conte-nos um bocadinho da história desse momento - a quem foi, onde estava, o que sentiu…

As primeiras peças de escultura a sério foram as modelações feitas na faculdade. Na altura senti-me muito orgulhosa das minhas modelações à vista, de corpo humano. E fiz uma ou duas peças em pedra. Uma dei à minha avó, outra está cá em casa.



Qual é a peça mais antiga de mobiliário que tem em casa?

Tendo em conta que tenho muito mobiliário feito pelo Mestre Soares, é tudo mais ou menos da mesma altura, e tudo já com alguns anos. Talvez as mais antigas sejam os móveis da cozinha e o bar em madeira. Tenho uma figura religiosa, feita em talha manual, que pedi à minha avó.



Que memórias guarda do Mestre Soares?

Tenho muitas, muitas, muitas. Para já, ele era muito boa pessoa! Mas se imaginam uma pessoa bonacheirona, que nos recebesse com um sorriso… isso não! Nada! Era preciso muito para o ver esboçar um um sorriso assim a sério. Acho que só o Tiago é que lhe arrancava sorrisos com os disparates que lhe fazia.

A imagem que guardo dele é com roupa de trabalho, cigarro ao canto da boca, todo sujo de pó e de aparas, na oficina a trabalhar, de volta do trabalho… sempre na oficina!


Sendo irmã do Tiago, assistiu à evolução deste Mestre Marceneiro. Quer contar-nos alguma história daquele menino que brincava nas aparas?

Fazia a vida a negra ao avô, porque andava sempre cheio de medo que ele se magoasse. Lembro-me da quantidade de brinquedos em madeira que o avô lhe fazia. O Tiago entrava no banho, punha os brinquedos todos na banheira e mal se via água de tantos brinquedos!



Quando pensa em marcenaria pensa em…?

No Soares! Para mim Marcenaria é o Mestre Soares.


Tem alguma madeira preferida?

Eu gosto muito de madeira. É um material natural que é sempre muito agradável ao toque, e ao olho também! Tenho alguma dificuldade de integrar madeira no meu trabalho porque gosto de a deixar no estado natural. Mas qualquer madeira, desde que tenha qualidade, é sempre um bom material de construção tanto que eu em casa tenho tudo feito em madeira, mas não tenho mesmo preferência por nenhuma.





Gosta do lado construtivo? Se pudesse ser marceneiro por um mês, que peça construía?

Fazia uma mesa. Pelo critério da urgência! É que eu tenho uma wishlist para dar ao meu irmão, mas ainda estou em lista de espera.



Qual é a sua peça de mobiliário preferida?

Não tenho, particularmente. Sou muito prática e gosto de reutilizar. E como cá em casa está tudo embutido, não tenho grande espaço de manobra.

Para mim, as peças têm de ser uma função. Sou mesmo o mais prática possível.


5 artistas que adora?

Não tenho propriamente contas que adoro. Gosto de seguir o trabalho das pessoas que conheço pessoalmente e depois navegar livremente e tentar encontrar imagens que me surpreendam. Depois vou adicionando à minha página de Instagram.


Quem gostaria de convidar a vir à Marcenaria Artística Pereira?

A Beatriz Cunha e o António Diogo Rosa.


Quais serão as próximas exposições? Onde podemos ver as suas peças?

Agora em Outubro vai haver uma grande exposição no Complexo Cultural da Levada, uma colectiva de fotografia, escultura em pedra e atividades de cantaria. Estão todos convidados para vir a Tomar, dia 23 de Outubro! Vai ser muito giro, o espaço é lindíssimo, é à beira rio numa antiga central hidro-eléctica. Vale a pena!


E como podemos comprar as suas peças?

Através do meu site - https://cadernografico.wordpress.com. Têm lá todos os meus contactos podem telefonar-me e conversamos (que já viram que eu gosto de conversar!).


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VEIO n.m.

Designação de uma faixa alongada e relativamente estreita que, na terra, nas rochas ou na madeira, se diferencia pela tonalidade distinta ou pela essência da respetiva substância;

Verbo VIR - Conjugar

(latim venio, -ire, vir, chegar, cair sobre, avançar, atacar, aparecer, nascer, mostrar-se)

verbo transitivo, intransitivo e pronominal

Transportar-se de um lugar para aquele onde estamos ou para aquele onde está a p pessoa a quem falamos; deslocar-se de lá para cá.

Chegar e permanecer num lugar.


As entrevistas VEIO são mais uma forma de fazer prosperar a arte da Marcenaria Portuguesa. Por aqui vão chegar e permanecer os amantes da madeira, da decoração e das artes decorativas, os artesãos e artistas portugueses cujas áreas de actuação são um complemento à Marcenaria e que, de alguma forma, casam bem com as nossas madeiras.

Acompanhem as próximas. Sugiram entrevistados.Também podem vir e ficar.

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